O refluxo urinário é caracterizado pela volta de parte da urina aos rins por meio do ureter, que é a ligação entre os rins e a bexiga.
Quais os sintomas?
Quando isso acontece, a porção de urina que deixa de ser eliminada facilita a ocorrência de infecções, que, se repetidas, são o sinal do refluxo.
Quais as conseqüências?
Se não forem controladas com o uso de antibióticos, essas infecções podem levar a lesões definitivas no rim afectado. Na maioria das vezes, com o tratamento adequado o problema desaparece com o crescimento da criança, entre 3 e 5 anos.
Como tratar o refluxo?
Existem várias maneiras diferentes de se tratar o RVU e um dos principais factores que influencia na escolha do método de tratamento é o grau do RVU.
O RVU é classificado em 5 graus, sendo o grau I o mais brando e o grau V o mais severo. O grau do refluxo só é definido após a UCGM.
O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico.
Tratamento Clínico
– RVU de graus baixos (I e II) têm uma chance grande de curarem espontaneamente com o crescimento da criança. Porém, enquanto se espera a melhora, é necessário a prevenção de infecções urinárias, que é feita através da administração de doses baixas de antibiótico, diariamente.
Sempre que a criança apresentar febre, ou qualquer outro problema é importante levá-la ao médico e fazer exames de urina.
Tratamento Cirúrgico – RVU de graus mais altos (IV e V) têm uma chance menor de cura espontânea e, por isso, o tratamento cirúrgico está indicado em muitos casos.
Crianças que não melhoram com o tratamento clínico ou que apresentem infecções repetidas apesar do uso dos antibióticos também são candidatas ao tratamento cirúrgico.
O tratamento cirúrgico pode ser feito de duas maneiras:
1- Cirurgia convencional – os ureteres são reposicionados na bexiga, refazendo o mecanismo de válvula que está deficiente.
2- Cirurgia endoscópica – através do cistoscópio (pequeno telescópio para olhar para dentro da bexiga) injecta-se uma substância na bexiga, próximo da abertura do ureter, mudando a forma dessa abertura e refazendo o mecanismo de válvula. Esse método é mais eficaz em RVU de graus mais baixos.
Drª Ana Fernandes
Dr. Hélder Gonçalves
Serviço de Pediatria
HOSPITAL ESPIRITO SANTO EVORA
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